EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA

Jo 11.20-27

INTRODUÇÃO

Na sociedade materialista, individualista e incrédula, falar em milagres divinos é algo desafiador. Deus não mudou (Hb 13.8), os milagres realizados no passado são possíveis no presente e futuro. Entenderemos que não existe limite para o agir de Jesus em favor do seu povo.

I. A MORTE DE LÁZARO (vv. 1-16)

1. Seu relacionamento com o Mestre

a) Esta narrativa descreve o poder supremo do Logos (sobre o mundo e a morte), relatada apenas por João;
b) Alguns falam que Lázaro não estava morto (transe), que se trata de uma lenda, de uma mentira, de uma história (alegoria),
c) A família de Lázaro (Eleasar – “Deus é auxílio”) provavelmente possuía um parentesco com a de Simão, o leproso (Jo 12, 1-10);

2. Sua residência em Betânia

a) Residia (v.41) – cerca de 3 km (v. 18) de Jerusalém, a leste do monte das Oliveiras;
b) Jesus utilizava esta residência como lugar de retiro ao passar por Jerusalém (Mt 21.17);
c) Betânia significa casa das tâmaras ou da dor ou do rogo ou da pobreza ou da aflição;

3. Sua enfermidade é noticiada

a) Apesar da amizade com o Mestre, não estava insento dos males que afligem a humanidade;
b) Elas em seu desespero mandaram chamar Jesus (v. 3);
c) Deus tem um desígnio para todas as coisas e igualmente um remédio final (v. 4);
d) Uma vez em Cristo e Ele em nós não podemos enfermar e morrer sem afetá-lo – esta vinculação é que nos garante a vitória final;
e) Jesus em sua presciência conhecia o resultado da situação (v. 11), por isso o fato de demorar não diminuiu seu amor pela família (vv. 5-6); ir ao encontro era uma jornada de 01 dia;
f) Algumas explicações têm sido dadas à demora: testar a fé, ter outra obra importante a realizar, quando recebeu a notícia ele já estava morto ou esperar a situação ficar complexa para manifestar a glória de Deus;
g) Independente do mal que nos aflige devemos andar sobre a luz de proteção divina, em santidade de vida (vv. 7-10);

4. Sua morte é confirmada

a) Estava realmente morto: “Então disse Jesus claramente: Lázaro está morto” (v. 14);
b) Jesus disse a Marta: “Teu irmão há de ressuscitar” (v. 23);
c) Disse Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (v. 25);

II. A RESURREIÇÃO DE LÁZARO (vv. 15-44)

1. A piedade e compaixão dos amigos (v. 19)

a) Amigos e conhecidos consolavam a família
b) Dias de choro, lamento, dor e tristeza pela perda;
c) 03 dias para o choro; 07 dias para as lamentações e 20 dias para demonstrações de tristezas;

2. A chegada do Mestre (v. 15)

a) Compartilhava dos sentimentos de tristeza que envolvia a família, porém a tragédia de Lázaro não era definitiva ante seu poder;
b) Na chegada de Jesus, Lázaro já estava morto a 04 dias (v. 17) e o sepulcro selado com pedra;
c) O sepultamento envolvia o embalsamar e o envolver com faixas;

3. Seu diálogo com as irmãs de Lázaro

a) Em Betânia Marta sai ao encontro de Jesus (v. 20);
b) Marta que em outra passagem foi repreendida por se ater a tarefas cotidianas, mostra neste texto um caráter vigoroso exercendo fé e esperança ao ir ao encontro do Mestre;
c) Marta sabia que o mestre poderia ressuscitar seu irmão, pois conhecia a história da filha de Jairo; Contudo em sua indagação com o Mestre não ousou pedir (vv. 21-22); incompreendendo a resposta (vv. 23-24);
e) Jesus declara sua divindade “Logos” (vv. 25-26) – diante dEle a vida física cede lugar a eterna;
f) Quem estar nEle vence a morte, pois Ele venceu (1Co 15.55);
g) Marta assevera sua confiança no Messias, agora revigorada (v. 27) e chama Maria (v. 28), que estava envolta pela tristeza;
h) Ante o choro e a frustração de Maria e dos que a seguiam Jesus se comoveu (vv. 29-35);
i) Não é com um coração de pedra que os mortos são ressuscitados, mais com quebrantamento de espírito que o milagre acontece;
j) A multidão estava dividida em dois grupos: os que criam no amor de Jesus a Lázaro (v. 36), e os que teciam comentários jocosos (v. 37);
k) Diante desta realidade Jesus se comove mais uma vez e se dirige ao sepulcro (v. 38);

4. Diante do sepulcro

a) O Mestre poderia remover a pedra, porém Ele deixa conosco aquilo que podemos fazer sozinhos e age na nossa impossibilidade (v. 39);
b) O milagre em sua vida depende de sua atitude – tire a pedra do pecado, da incredulidade, da falta de fé, da negligência, do comodismo, da irreverência, …
c) Não vacile a sua fé, pois não importa o mau cheiro ou o estado de decomposição “se creres, verás a glória de Deus” (v. 40);

5. A oração e o milagre

a) Bastou uma simples e curta oração, não de petição, mais de agradecimento, para que o milagre ocorresse (vv. 41-43);
b) O desígnio desta oração era: sua divindade, sua missão e sua autoridade;
c) O escritor não informa o modo como o corpo saiu: se foi flutuando, andando…
d) O que importa é a maravilha do milagre (v. 44) – o poder sobrenatural do triunfo sobre a morte;
e) Lázaro saiu inteiramente curado da enfermidade que o afligira e matara;
f) Participou de outros momentos com o Mestre (12.1,2,9,10,17);

III. AS REAÇÕAS ANTE O MILAGRE (v. 45-57)

1. Efeitos

a) Positivos (v. 45) – confirmação da fé dos discípulos (a fé não pode ser estacionada, pois ela cresce ao infinito);
b) Negativos (vv. 46-57) – excitação e oposição dos membros do sinédrio, ocasionando em ódio mortal contra o Mestre;

2. Principais mensagens:

a) O mal na vida de Lázaro como conseqüência do pecado – enfermidade-morte (Rm 3.3-8);
b) Cristo quer tirar de você as ataduras do pecado e dos hábitos da morte espiritual, que te prendem – saia do sepulcro do pecado e passe a andar segundo a ordem de Cristo;
c) Em tais ocasiões Jesus pode parecer afastado, distante ou inatingível;
d) A fé move o agir de Deus – no tempo certo a providência chegará a sua tenda (Jo 7.6);
e) A resposta as nossas orações pode ser adiada, mais ainda que morramos ela vai chegar;
f) A fé tem que ser mantida em atitude de confiança durante a aflição e até o fim – confiança;
g) O maior inimigo do homem (a morte física) não foi páreo para Jesus (2Tm 1.10; Ap 1.18);
h) Todos aqueles que compartilham a vida de Cristo, gozará também de sua vitória;
i) Em Cristo temos a vida de vitória neste mundo e a eterna no porvir;

CONCLUSÃO

Não lance fora teus sonhos, impacientemente. Desconheço o que está morto em sua vida: a fé, a esperança, os sonhos, a vida espiritual, o ministério (talento),… Uma coisa eu sei: se creres em Jesus, nesta hora, ainda que esteja morto viverá. Ele jamais vem para aqueles que não esperam.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima