VIVENDO MILAGRE EM MEIO A AFLIÇÃO

Visualizando possibilidades

2Rs 7.9-ss

9 Então disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; por isso agora vamos, e o anunciaremos à casa do rei…

INTRODUÇÃO

Deus se revela a humanidade como aquele que em tempo de crises realiza grandes feitos. Quando o homem pecou e estando
destinado a morte, Ele prometeu a vida. Nesta passagem, em contexto de desespero Ele traz a esperança.

I. A AFLIÇÃO DENTRO DOS MUROS

1. Contexto de Aflição (2Reis)

a) Reinado de Jeorão (850 a.C)

– Reino do Norte, cuja capital é Samaria

b) Samaria sitiada por Ben-Hadade, rei da Síria (6.24)

– falência, devido a impossibilidade de circulação de mercadorias

c) Grande miséria e fome extrema, devido ao pecado

– chegando a comer cabeça de jumento (animal proibido) com esterco de pombas (6.25)

– altos preços, em desespero praticam ato de canibalismo (6.26-29)

d) No caos a indignação do Rei tem como alvo o profeta e o Senhor (6.30-33)

– em vez de assumir a culpa pelo pecado, manda executar Eliseu

– em meio a dor procuramos alguém para jogar nossas insatisfações (Lm 3.29)

2. Deus fala ao profeta

a) Uma palavra de esperança em meio a crise (7.1-2)

– “ouvi a Palavra do Senhor”, a aflição seria aliviada

– “amanhã, a estas horas”, os preços cairiam drasticamente, seria instantâneo

– “a porta de Samaria”, o comércio voltaria a funcionar

b) Os profetas não podem se silenciar

– a presença de Eliseu não impediu a idolatria e nem as investidas do inimigo

c) O perigo da incredulidade

– um dos principais auxiliares do rei duvidou da profecia

– o ceticismo leva a ver o milagre, não gozar da prosperidade e tem como fim a morte (v.17)

d) Milagre é uma intervenção divina numa situação, mudando o curso normal da história.

– na impossibilidade dos meios naturais o sobrenatural de Deus se realiza

II. A AFLIÇÃO FORA DOS MUROS

1. Os leprosos a porta de Samaria

a) Limitados pela lepra (Lv 13.46)

– segundo a lei eram considerados imundos, fora do arraial, sem contato físico com a população

– sem convívio familiar, social e religioso, gritavam a 100 mts “imundo, imundo,..”

b) Por ser leproso já passava fome, sendo está agravada pelo sítio à cidade

– dependiam da caridade, não tinham nada a perder, já não tinham a vida por preciosa

c) Três opções assombradas pela morte (vv. 3-4)

– se entrar na cidade, morremos; se ficamos à porta morremos, se formos ao arraial do inimigo podemos morrer

d) A terceira tinha a possibilidade de viver

– pessoas simples, em suas crises, resolveram arriscar a própria sorte

2. Deus age no silêncio

a) Os leprosos no arraial do inimigo (v. 5)

– ao anoitecer, em ato de desespero encontram o arraial abandonado

b) Um imenso ruído de um grande exército amedrontou os inimigos

– retirada precipitada, pensando que o rei de Israel havia alugado algum exército (vv. 6-7)

– o desespero foi tal, que não levaram nada (alimentos, objetos,…)

c) Os leprosos tomaram para si os despojos, estavam ricos (vv. 8-9)

– a consciência de seu deleite e detrimento do opróbrio do próximo

– o egoísmo não faz parte do reino de Deus, devemos compartilhar as bênçãos (1Co 9.16)

d) Os miseráveis leprosos tornaram-se mensageiros de boas novas (vv.10,11)

– o rei não aceitou totalmente a notícia, pensou que seria uma emboscada (v. 12-15)

– um grupo fez um teste, indo ao arraial, depois ao Jordão (uns 40km), e não viram perigo

e) Após a confirmação imediatamente os habitantes se mobilizaram (v.16)

– comendo e saqueando, invadiram o acampamento

f) Cumpre-se a palavra do profeta (v. 18)

– de posse dos despojos os preços cobrados caíram

g) O rei colocou a porta, para controle, o homem que ridicularizou a profecia (v. 17)

– viu o milagre, mas a multidão se precipitou loucamente e o pisoteou

3. Algumas lições

a) O ceticismo dos últimos tempos tem levado a igreja a não acreditar no sobrenatural de Deus

– muitos não acreditam que Deus cura, salva, liberta e batiza com o Espírito Santo (Mt 24.12)

b) A atitude movida pela esperança produz ousadia para viver e desejo de obter a vitória.

– quando a cidade cai em pecado, Deus usa os párias da sociedade para proclamar suas verdades

c) Cristo é a nossa provisão (Mt 6.25-26), temos a missão de proclamar aos outros (Mt 28.19-20)

– a chaga do pecado e sua consequência para o mundo, requerem as boas novas

d) O contexto de crise foi mudado pelo Senhor, pois

– em tempos de crise devemos orar em busca da revelação de Deus (Sl 42.2)

– em tempos de crise devemos esperar no Senhor (Sl 37.5)

– em tempos de crise devemos acreditar no sobrenatural de Deus (

CONCLUSÃO

Fica claro nesta história que na aflição interna Deus fala conosco, e na externa Ele age no silêncio. Deus intervém na história coletiva e pessoal para abençoar os seus. Acredite!

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