O REI DA GLÓRIA!

Levantai, ó portas, as vossas cabeças!

(Salmos 24)

I. INTRODUÇÃO

Existe uma seqüência nos Salmos 22 ao 24, o primeiro se expressar em forma de lamento(Salmo 22), o segundo de consolo (Salmo 23), e o terceiro que engrandece a majestade e o triunfo do Rei da Glória. Trata de uma cerimônia de entronização, onde o vencedor entra na cidade que conquistou, também pode referir-se ao cântico entoado quando a arca da aliança foi tirada da casa de Obede-Edom, para o tabernáculo em Jerusalém (2Sm 6.12ss). Conhecido como Salmo litúrgico por celebrar a entrada no Santuário.

II. O REI DA GLÓRIA

1. O Soberano (vv. 1,2)

a) O grande proprietário, suas terras e seus servos, seus direitos e sofrimentos (v.1).
– ao Senhor pertence tudo, alguns requerem este posto para si (tolos);
– Cristo é Soberano e Salvador Universal (Jo 12.32)
b) Ele é o criador e o sustentador (v. 2)
– refere-se ao ato criador (Gn 1.2,9,10; Jó 38.8);
– do cosmo e de todo o ser vivente que habita nas profundezas as alturas;
– os propósitos divinos realizados por meios singulares, que se contrapõe a instabilidade de coisas terrestres;

2. Os Requisitos para a adoração(vv. 3-6)

a) Uma pergunta importantíssima (v. 3)
– foi lançada a multidão expressando que subir ao Monte do Senhor requer preparo;
– Nem todos podiam avizinhar-se do templo, somente os qualificados, pois manter-se em sua presença requer compromisso;
– homens julgados pelo seu comportamento.
b) Instrução para a qualificação (v. 4)
– ligação entre moralidade externa e pureza interna;
– limpo de mãos (Mt 27.24; Sl 26.6; 73.13): como limpá-las, como conservá-las limpas, como poluí-las, como fazer para que fiquem limpas de novo?
– puro de coração, isto é ter atitudes corretas;
– que não entrega a alma à vaidade, idolatria e outras práticas vãs dos pecadores;
– que não julga dolosamente (Ex 20.7).
c) Uma vez manifesto o caráter haverá um favor recebido (v. 5)
– liberdade de continuar marchando na direção do templo para prestar sua adoração;
– pronunciamento do juiz favorável à reivindicação ou petição da pessoa, por ela ter passado no teste;
– a lei da semeadura, pois o que continuasse em pecado seria julgado por presunção e desrespeito a ordem do culto;
d) Aqueles que realmente buscam comunhão com Deus (v. 6)
– os aptos são considerados a geração que busca e acha Deus; (Dt 4.4-8);
– os limpos de coração e de mãos são os escolhidos de Deus (Is 43.1)

3. A Entrada Divina (vv. 7-10)

a) Levantai, ó portas,… (v. 7)
– na antiguidade os poderosos ficavam as portas da cidade, onde exerciam o papel de juiz (Pv 31.23; Jó 29.7).
– neste texto o salmista refere-se acerca dos sábios e poderosos (príncipes, juízes, magistrados, anciões, nobres etc.) que exercem domínio e juízo entre os homens.
– retrata o domínio eterno de Cristo (Cl 2.15), quando na segunda vinda, como filho de Davi, Rei e Senhor de toda a terra, uma vez que nos céus ele já se assentou nesta condição (Is 6.3; Ap 7.14; 19.11-21);
– levantar é sinal de reverência e admiração;
– levantar é um sinal de respeito e de reconhecimento de que àquele que adentrou;
– além de Jesus exercer o domínio entre os homens, Ele exerce domínio sobre os principados e as potestades celestiais (Ef 3.10);
– entradas eternas referem-se a um reino onde Jesus exercerá domínio para sempre;
– a portas (governo humano), e os portais eternos (domínio celestial).
– levantar (heb. nasa), que quer dizer descobrir, despir, desnudar, expor, dar passagem, no texto em particular infere-se a idéia de revelar/abrir;
– esta abertura trará verdades, conhecimentos obtidos ao ver revelado os interiores;
– Cristo rompeu o véu que nos separava do conhecimento de Deus;
b) Quem é este Rei da Glória? (v. 8)
– Seu Nome “O Senhor dos Exércitos” – todo principado e potestade se submete a Ele.
– Suas vitórias, implícitas na expressão. “O Senhor forte e valente na guerra”.
– Seu título como mediador, “o Rei da glória”.
– Sua entrada com autoridade no lugar santo.
– O poderoso herói: Seu status, seu poder, suas batalhas, suas vitórias.
c) A ascensão e suas lições (v. 9)
– (1) Jesus já entrou em seu coração? (2) Há obstáculos? “portais/portas” (3) Precisa removê-los? “abram-se”.
– (1) A graça nos capacita a abrir: “abram”; (2) Jesus entrará; (3) Como “Rei”, e “Rei da glória”.
– direcionam-nos até a vinda do Senhor como Juiz. Se a terra é dEle (1, 2), e se Ele é santo (3-6), a interpelação aos “portais eternos” não é um exercício em cerimonial, mas (2Co 10.3-5), um brado de guerra para a igreja.
d) A soberania e a glória de Deus em Cristo (v. 10).
– hoje temos a Palavra revelada de Deus (Bíblia);
– será que nossos corações estão abertos para essas verdades preciosas?

III. CONCLUSÃO

Hoje Deus lhe convoca para abrir os portais de sua vida para que Ele possa entrar triunfante como Rei da Glória e Senhor dos Exércitos.
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo”. (Ap 3.20)

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