INTRODUÇÃO
O texto trata de uma parábola hebréia sobre a soberania e paciência de Deus em contraponto a condicionante do arrependimento. O ato do oleiro moldar o barro inanimado, reflete o trato de Deus com o homem para que este possa realizar sua obra (Mt 28.19).
I. A CASA DO OLEIRO LUGAR ONDE DEUS FALA
1. O profeta e a visão (vv. 1-4)
a) Jeremias apesar de seus queixumes, não se desviou do propósito de sua missão;
– sua comunhão com Deus o levava a ter constantes experiências espirituais;
b) Recebe a ordem de levantar e descer a casa do oleiro
– nela ouviria a voz de Iahweh e receberia outra visão de alerta ao povo (idolatria, adultério, apostasia);
– era uma olaria (fábrica de vasos de barro), lugar conhecido (extremo sul de Jerusalém);
– composta da: oficina do oleiro, campo para guardar e tratar o barro, fornalha para endurecer os vasos, lugar de entulho para a guarda dos vasos refugados;
c) Desceu a olaria e encontrou o fabricante a trabalhar na roda do oleiro
– torno horizontal com dois pratos redondos (pedra/madeira), sendo o inferior (impulsionado pelo oleiro) maior que o superior onde se dava o o molde/formato mediante o uso das mãos
d) O oleiro obtinha bons resultados
– o vaso estragado tinha dois destinos: ser refeito ou ser jogado no entulho de refugo
– Judá havia se estragado, porém o arrependimento o levaria a ser retrabalhado, caso contrário o exílio babilônico o aguardava;
– a causas secundárias é que direcionava o trabalho do oleiro (livre arbítrio)
2. O profeta e a interpretação (vv. 5-6)
a) Iahweh é o oleiro, com a obra de suas mãos Ele criou tudo (Is 64.8);
b) Judá o barro
– um bom barro, livre de rebeliões e apostasias tornar-se-ia um vaso glorioso usado pelo Senhor;
– o barro que se estragasse poderia ser refeito caso houvesse arrependimento
– sem arrependimento o vaso estragado seria rejeitado e jogado fora;
c) Deus detem todo o poder, porém Lhe agrada condicioná-lo ao que o homem fizer;
– Ele não é um Deus tirano, pois deseja que o homem o sirva pelo que Ele é e não pelo que Ele faz;
d) A igreja hoje é a Casa do Oleiro onde Deus, o oleiro, trabalha o cristão que é o barro;
II. A CASA DO OLEIRO LUGAR ONDE DEUS TRABALHA
1. O oleiro e suas qualidades
a) Entregue ao trabalho – pés, mãos e olhos;
b) Trata pessoalmente e individualmente cada vaso
c) Visa sempre fazer uma linda obra prima, de acordo com o planejando em sua mente
d) Com amor e paciente busca a consecução de seu intento;
2. O barro
a) É a matéria prima (barro/argila)
– matéria inanimada, sem valor e sem comparação com o ouro, petróleo, diamantes,…;
– frágil, pois dependendo do processo se desmancha em lama ou se quebra
– o homem (barro) cheio de vaidades é uma contradição (2Co 10.17,18)
c) O barro é escolhido (Jo 15.16)
– retirado da mediocridade para ser objeto de honra
– o reconhecimento vem quando se submete ao trabalho do oleiro (2Co 12.5,9)
– a glória e a honra pertence ao oleiro, o Criador da obra prima;
d) Com a água o oleiro busca o ponto certo
– ao barro cabe render-se a vontade do oleiro, a submissão é que leva a mudança
– o manejo da água traz a idéia de limpeza, de tirar as impurezas,
3. O campo
a) Lugar onde o barro ficava a espera de ser trabalhado pelo oleiro
– longe do local onde estava acostumado a viver
b) No relento sobre as influências da natureza (calor, frio, chuva,…)
– muitos foram chamados, mais ainda estão no campo, sem ser escolhido
– é necessário ter atitude de querer ser trabalhado e usado pelo Oleiro (Sl 51.17)
4. A roda do oleiro
a) Instrumento de trabalho do oleiro, que pelo movimento horizontal e circular molda-se o barro;
– indica o passar do tempos e as circunstâncias
b) Nele o barro é amassado, girado e moldado, onde o oleiro visa criar uma obra prima;
– com sua paciência o barro inanimado toma a forma de obra de arte;
c) Objetivando o melhor manejo o oleiro usa o óleo para não danificar sua obra (Jo 14.16);
– nesse processo doloroso (viver diário com aflições/alegrias) o consolo do Espírito Santo traz alívio;
d) Caso não fique satisfeito refaz o processo, exercendo domínio sobre o barro (Senhor/servo)
– não reclame se estiver girando, saiba que o “choro dura uma noite mais a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5b)
– pare de brigar e de se indispor, quanto mais rápido você compreender o agir de Deus, mais ágil será o processo;
– ao final desse processo Deus reserva para você um lugar de destaque
e) O homem vaso na olaria foi estragado pelo pecado (Rm 9.20,21), existe dois destinos:
– ser refeito para a glória de Deus ou ser jogado fora
5. A fornalha
a) Lugar onde o vaso ganhava consistência
– os vasos fracos e defeituosos não resistiam a pressão e se partiam
– os que resistiam a quase 1000 graus saiam mais fortes (1Pe 1.6,7)
b) Lugar onde as imperfeições se revelam
– diante do fogo da presença de Deus, o oculto se revela;
– não adianta esconder de Deus, uma hora, o pecado virá a tona;
6. O produto final
a) O vaso não passa de um objeto na mão do oleiro
– objeto côncavo que pode conter sólidos e líquidos
– se não tiver uma utilidade para nada serve, em vão foi o processo
– o que prevalece é a vontade do oleiro, é ele quem diz se está bom ou não;
b) Não basta sermos escolhidos, moldados e provados pelo fogo, devemos submeter-nos a Deus e cumprirmos seu projeto em nossa vida.
– antes de Deus te usar Ele trabalha a sua vida, o caráter precede o desempenho;
c) O oleiro orgulhoso coloca sua obra prima em lugar de destaque
– Deus deseja que seu povo tenha destaque, cresça, seja abençoado;
7. Ensinamentos
a) A vontade cativa a Deus, provoca o seu agir, mudando o caráter e nos tornando o homem um instrumento divino;
b) Deus não faz reparos e sim refaz
– mexe na estrutura da matéria prima
c) A dura cerviz inibe a concretização do propósito de Deus em nossas vidas;
– não importa quanto erros você cometeu, ainda há oportunidade para ser refeito;
– o oleiro não o esqueceu e nem desistiu de você, basta arrepender-se, para que Ele faça de você um vaso de honra, mudando sua história;
– tira você do monturo, do cativeiro e faz sentar entre os principes (Sl 113.7,8);
d) Fomos criados para louvor é glória de Deus
– vasos de barro que contém o tesouro da Salvação (2Co 4.7);
– vasos que precisam estar limpos e cheios do Espírito Santo (1Jo 2.20,27);
– vasos que testificam e evangelizam, cumprindo a vontade do Pai (Rm 1.16)
CONCLUSÃO
Para ser vaso de honra na casa do Senhor tem que passar por este processo. Não importa sua situação (quebrado, trincado, sujo, emborcado, na sala, na dispensa, vazios,…). Basta submeter-se ao propósito Divino. Não há impossível para Deus, ele pode refazer aquilo que para o homem pode ser impossivel, ele restaura!
Paz,Pastor gostei muito deste estudo,agora tem como eu ,repassar este estudo a minha igreja,Pois o que aprendemols devemos passar,as necessidades ,Deus Nos condiciona e me mostrou atraves deste blog.paz.
A paz do Senhor pastor…Perfeito estudo, amei….Deus abençoe tua vida lhe dando a cada dia mais sabedoria para nós ensinar sua preciosa palavra!!!