GIDEÃO

Atendendo o chamado de Deus
Jz 6.11-16
INTRODUÇÃO
Passagem que retrata extremos: vislumbrar saída em meio ao caos, de baixa-estima a homem corajoso, número de guerreiros 300 x 135.000, objetos em vez de armas de guerra. Mostra o agir de Deus que muitas vezes não encontra respaldo na lógica humana. Porém, a sua presença é garantia de vitória, basta apenas crer como veremos a seguir.


I. GIDEÃO E SEU CHAMADO
1. A situação do povo
a) Josué morre, segue-se 03 séculos sem um líder nacional (Jz 17.6; 21.15), período de anarquia;
– confederação de tribos que antecede a monarquia;
b) Seqüência de apostasia – opressão – arrependimento – libertação – avivamento;
c) Opressão midianita por 07 anos, em virtude da apostasia depois do avivamento nos tempos de Débora (40 anos);
– desciam em bando e saqueavam a colheita e o rebanho de Israel, como gafanhotos, assim o povo buscava esconder a produção;
– o povo se escondia em cavernas e covas e era perseguido nas montanhas (Juízes 6:2)
– não usufruiam do fruto de seu labor, causa da infidelidade;

2. Gideão escolhido por Deus
a) Da família de Abiezer, origem camponesa da aldeia de Ofra (oeste do Jordão), filho de Joás, da tribo de Manasses;
b) Os juízes exerciam papel político e militar diante do povo, 15 ao todo (1375 a 1050 a.C);
– dentre eles nos ateremos a história de Gideão, o sexto Juiz (Jz 6 a 8);
c) É neste contexto que acontece o encontro do Anjo com Gideão (Jz 6.12), no meio do caos;
– malhando trigo no lugar onde deveriam ser espremidas as uvas
– Deus sempre chama homens trabalhadores e ocupados;
d) Na saudação do anjo há um elogio a sua pessoa;
– sente-se limitado e incapaz para tão grande obra, argumenta família insignificante e pequena de uma tribo sem importância (imagem negativa de sua pessoa);
– no chamado a obra nos revelamos pequenos, sendo essa a garantia da vitória;
– pede sinais para a aceitação do chamado;
– a promessa vem envolta de sinais: a) Oferta de Gideão consumida pelo fogo; b) Orvalho molhar uma porção de lã sem molhar a terra em volta dela (Jz 6.36-38); c) o contrário a lã seca no meio de terra molhada (Jz 6.39-40); d) Conversa de soldados midianitas, confirmando a sua vitória (Jz 7.9-15);
e) A presença de Deus é questionada por Gideão, convocado para ir sozinho (Jz 6.14);
– Gideão torna-se um líder corajoso, valente e destemido nas mãos do Senhor;
– recorda os feitos de Deus e encoraja o povo a vitória;
f) Suas qualidades: trabalhador, precavido, humilde, sincero, prudente e temente;
g) É na incapacidade e na dependência que Deus age, pois é nele que vem a verdadeira força (Ef 2.8-9; Fp 4.13);
– o segredo é confiar na promessa do Senhor “Eu estou contigo!” (Jz 6.16);
– Deus cumpre suas promessas (Jz 6.16; 7.7,22; 8.10-12);
– a presença de Deus é garantia de vitória (Jo 1.14; 14.23)
II. GIDEÃO E SEUS PASSOS PARA A VITÓRIA
1. Coloque sua casa em ordem
a) Deus prova a fidelidade de Gideão
– destruir a idolatria da casa de seu pai “Joás”, culto a Baal (Jz 6.25-27);
– baal divindade fenícia que trouxe grandes prejuízos ao povo de Israel;
– obedeceu o chamado de Deus, derrubou o altar e cortou o bosque da romaria numa noite (v. 27);
– erigiu no lugar um altar dedicado ao Senhor e ofertou sacrifício;
– por causa disso recebeu o nome de Jerubaal (aquele que contende com Baal);
– jurado de morte, seu pai o defende mostrando entender o significado do ato;
b) Responsabilidade com a família
– filhos obedientes dando honra aos pais (Ef 6.1-3);
– respeito e amor no relacionamento conjugal (Ef 5.25; 1Pe 3.7; Tt 2.4-5);
– estabelecer os princípios cristãos (Dt 6.6-7; Ef 6.4);
– conduzir s família no serviço do Senhor (Js 24.15)

2. Busque orientação divina
a) Convoque a ajuda dos irmãos (Jz 7.12)
– sob a orientação do Espírito Santo toca a trombeta e convoca a nação;
– se reúne com campo (vale de Jezreel) de batalha 32.000 israelitas contra 135.000 midianitas (4 contra 1) Jz 8.10;
– para Deus o número era excessivo, Ele desejava mostrar seu poder ao livrar o povo;
b) Deus estabelece duas orientações:
(1) na primeira 22.000 homens retornam (13,5 contra 1)
– teste: covardes, medrosos e temerosos (no exército de Iahweh não a lugar para estes);
(2) na segunda 9.700 homens retornam, sobram apenas 300 (450 contra 1)
– teste: forma de beber água
– com uma mão buscava a água e levava a boca, estando a outra livre para a espada, olhos atentos, vigilantes, dignos de compor o exército,…

3. Siga as estratégias divinas
a) A estratégia divina não fazia nenhum sentido com a militar, porém trouxe a vitória
b) Dividiu-se os 300 em três grupos, que saem com trombetas, cântaros vazios e tochas;
– o toque das trombetas (heb. shofaroth), chamado ao ajuntamento, liberdade, atitude, postura,…
– os cântaros vazios, escondiam as tochas acessas, até serem reveladas, simboliza o homem templo do Espírito Santo, que guarda a Luz do Evangelho, que precisa ser quebrado no arraial do inimigo (Sl 119.11; Lc 17.33)
– tocha acessa sinal de vida, renovo,chama de inquietação, determinação, fé, ganhar almas;
– atender o chamado, entregar nossas vidas ao Mestre e revelar a luz do Evangelho ao mundo, demonstra o processo do cristão aqui na terra;
c) A noite cercaram o arraial do inimigo, após o sinal quebraram o cântaro, seguraram as tochas e gritaram “À espada, pelo Senhor e por Gideão”
– os inimigos ficaram confusos, se feriram e fugiram apavorados;
– a vitória veio sem o uso da espada;
d) Deus usa as coisas que não são para confundir as que são (Rm 8.31);
– ele não precisa de táticas humanas para conceder a vitória a um filho seu (Jr 17.5);
– uns fazem estratégia de plantar, outro de regar e outro de colher, mais o crescimento vem dEle;
– a glória é dEle (Gl 6.14)

4. Não desvie do alvo
 a) O perigo da conveniência (Jz 8.1-21)
– homens da cidade de Sucote e Penuel, com medo de ofender o rei dos midianitas, recusaram-se a sair à batalha e a servir pão ao exército de Gideão;
– após a vitória se achegaram aos servos do Senhor;
– preocupação política ao invés de convicção espiritual
b) Gideão castigou essas cidades pelo comportamento daqueles que ficaram em cima do muro
– o servo de Deus tem que tomar posição (Js 24.14-16; 1Rs 18.21);
– no exército de Iahweh não há lugar para covardes (Gl 1.10)
c) Cuidado com os agrados após a vitória
– procuraram fazer Gideão rei, mas ele recusou, pois Iahweh era o verdadeiro Rei;
– Gideão recebeu presentes (ouro) advindos do despojo;
– fez uma estola sacerdotal que se tornou uma espécie de ídolo levando o povo a apostasia de novo (Jz 8.22-35);
– cuidado para não criar idolatria ou ser idolatrado! (1Co 11.1; Its 5.21,22)

5. Lições
a) Deus chama pessoas ocupadas – quantidade não é sinal de qualidade;
b) Cumpra a risca a vontade de Deus, mesmo que pareça sem nexo;
c) Coloque a casa em ordem para que a bênção de Deus venha;
d) A fidelidade traz a certeza da vitória (Tg 1.22-25);
e) Não seja tímido, covarde e medroso
CONCLUSÃO
A história de Gideão é um exemplo de fé, humildade, coragem e dedicação (Hb 11.32), mostra o que Deus pode fazer com um homem que se coloca a sua disposição. E você? Qual é a sua posição? Existe um IDE a ser cumprido por mim e por você?

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