QUAL É POIS A TUA PETIÇÃO?

INTRODUÇÃO

Podemos chamar a bela e encantadora história de Ester de o “Romance da Providência”. Os acontecimentos se passam entre o capítulo 6 e 7 de Esdras. Aproximadamente não mais de 50.000 dos judeus cativos haviam regressado da Babilônia em conseqüência do edito de Ciro. Muitos nasceram na Babilônia e se haviam estabelecido lá em atividades comerciais; não estavam, pois, interessados em atravessar o deserto e começar tudo de novo na terra de seus pais. Se todos houvessem voltado a Jerusalém, o livro de Ester não teria sido escrito.

I. A REJEIÇÃO DE VASTI (Et 1)

1. A recepção do rei aos nobres e príncipes do seu reino, no palácio de Susã.

a) O rei Assuero desta história era Xerxes, o famoso monarca persa (485-165 a.C.).

b) O banquete era de proporções colossais – durou 180 dias (Et 1.4) mais 7 dias p/ o povo (v.5).

c) Susã era a residência de inverno dos reis da Pérsia. Neemias esteve neste palácio (Ne 1.1), ostentação de grande riqueza e opulência.

d) No meio da orgia o monarca mandou chamar Vasti para exibir a sua beleza – embriaguez, falta de etiqueta, afronta

2. A Atitude de Vasti

a) Recusou-se a comparecer na festa – Isso fez do rei motivo de escárnio.

b) Conclui-se que a festa foi realizada para estudar o plano de uma expedição contra a Grécia, para a qual Xerxes se vinha preparando havia quatro anos.

c) Para se defender, depôs a rainha. (Et 1.12-22.)

d) O recato é o mais belo adorno da mulher, fiel aos ideais de pureza – este adorno deve ser protegido pelo homem.

II. A COROAÇÃO DE ESTER (Et 2)

1. Contexto da coroação

a) O império persa abrangia mais da metade do mundo então conhecido – 127 províncias (1.1)

b) O ataque contra a Grécia, exército 5 milhões de homens, foi marcado por terrível derrota

c) Neste contexto ele se casou com Ester, que foi sua rainha por treze anos

2. Quem era Ester

a) Pequena órfã judia, criada como filha pelo primo Mordecai, foi elevada ao trono persa (2.7)

b) Viveu ainda no reinado de Artaxerxes enteado de Xerxes onde Neemias reconstruiu Jerusalém

c) Foi o casamento de Ester com o monarca persa que deu aos judeus prestígio nessa corte e tornou possível a Neemias reconstruir Jerusalém. (Ne 2.1-8)

d) Abrindo um parêntese, aparece a história de Mordecai salvando a vida do rei (Et 2.21-23).

III. A CONSPIRAÇÃO DE HAMÃ (Et 3 e 4)

1. Surge um conspirador contra Israel

a) Ascendência de certo homem chamado Hamã – era perverso, cujo triunfo foi curto e cuja alegria durou por só um momento (Jó 20.4, 5). Ele se tornou primeiro-ministro do rei. (Et 3.1)

b) Hamã foi o Judas de Israel. Monstro de perversidade na vida do povo escolhido de Deus

c) A grande honra transtornou-o. Encheu-se de vaidade e sentiu-se profundamente humilhado quando alguém não lhe prestou a homenagem que o rei ordenara (Et 3.2)

d) Cheio de orgulho, não pode suportar a indiferença, mesmo do mais insignificante súdito.

2. A Atitude de Mordecai

a) Recusava-se prestar honra a Hamã – a pequena falta foi transformada numa ofensa capital.

b) Mordecai, sendo judeu, não podia prestar honras divinas a um homem

c) Hamã ficou furioso e resolveu promover um massacre de todos os Judeus do reino (Et 3.6)

3. Cena de tristeza e luto

a) Para marcar o dia em que os seus inimigos seriam destruídos, lançou sorte, que recaiu no dia 13 de março, dez meses mais tarde (Et 3.7)

b) Hamã procurou provar ao rei que todos os judeus eram súditos desleais. Ofereceu pagar ao rei um suborno de dez mil talentos de prata, uma verdadeira fortuna (Et 3.9:9).

c) O rei assinou um decreto, determinando que todos os homens, mulheres e crianças da raça judaica fossem mortos e seus bens confiscados.

4. Na adversidade Deus revela seu propósito

a) Os judeus se puseram a jejuar, orar, lamentar deitando-se em pano de saco e cinza (Et 4.1-3).

b) A rainha Ester viu aquilo e perguntou a Mordecai o que era. Ele deu a ela uma cópia do decreto do rei que contava a triste história.

c) O propósito de Deus revelado “E quem sabe se para tal conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?” (Et 4.14).

d) Seria bom que cada um de nós parasse e fizesse a si mesmo igual pergunta. Por que Deus me permitiu viver nestes dias? Para fazer o que é reto, talvez tenhamos de arriscar a nossa vida. Precisamos enfrentar a situação e responder: “Se perecer, pereci.” (Et 4.16)

IV. O RISCO DE ESTER (Et 5)

1. Enfrentado o desafio

a) A rainha Ester respondeu ao desafio de Mordecai.

b) Apesar de gozar da opulência do palácio não se deixou levar pelo luxo daquele ambiente.

c) Por amor ao seu povo oprimido, escolheu um modo de agir colocando em risco a vida.

d) Há sempre uma coisa a ser feita – faça o que é certo e deixe o resto com Deus.

e) Deus sempre tem um escape p/as emergências – fracasso não é pecado e sim a infidelidade.

2. O caráter de Ester

a) Não se deixou corromper por sua elevada posição – mesmo sendo rainha de um grande reino, não se esqueceu do homem que a criara desde a infância.

b) Aceitou sua perigosa tarefa, lançou-se a ela com coragem. Era uma atitude ousada, a de ir à presença do rei sem ser chamada. Lembre-se do que ele fez a Vasti.

3. Atitude sábia

a) Quando foi recebida pelo rei soube usar seus recursos. Conhecia a fraqueza do monarca. Convidou-o p/ um banquete (Et 6.1-11).

b) Como Hamã caiu na armadilha? (Et 6.6). No segundo banquete ela pleiteou por sua própria vida. Tinha Hamã em suas mãos.

c) O rei perguntou: QUAL É POIS A TUA PETIÇÃO? Ele concedeu o pedido de Ester. Hamã foi enforcado na mesma forca que havia preparado para Mordecai, e este foi elevado à posição de honra logo abaixo do rei.

d) Desde a antiguidade Satanás procura destruir, primeiro o povo de Deus, os judeus; depois a Igreja, e até mesmo o próprio Cristo.

e) Mas Deus tem frustrado seus planos. Mesmo as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja. Deus triunfará! Cristo conquistará a vitória!

V. O LIVRAMENTO DOS JUDEUS (Et 6-10)

1. O triunfo do Povo de Deus

a) O livro termina com a narrativa do estabelecimento da festa de Purim e a elevação de Mordecai ao posto deixado vago por Hamã (Et 10.3).

b) Mordecai tornou-se o segundo homem do império persa.

c) A festa de Purim é celebrada anualmente, inspirada na dramática história de Éster.

2. O Grande livramento

a) Embora tivessem abandonado a Deus, Ele os havia poupado livramento parece ser a nota dominante da história dos judeus.

b) Deus sempre livrou Israel do perigo e da servidão, hoje Ele nos libertará da aflição.

c) Os judeus tinham escapado do extermínio. O propósito de Deus era que fossem preservados a fim de que por eles viesse o Salvador do mundo.

VI. QUALIDADES DE ESTER

1. Ester é uma criatura meiga e atraente.

a) Formosa e modesta (2.15); Cativante (2.9-17; 5.1-3); Obediente (2.10); Humilde (4.16); Corajosa (7.6); Leal e persistente (2.22; 8.1, 2; 7.3, 4)

b) Colocou-se como instrumento de Deus para livrar seu povo (Et 4.16)

2. Exemplo a ser seguido

a) Deus enfrenta as emergências com vidas humanas que Ele remiu e preparou.

b) A oração movimenta a mão que move o mundo. Uma mulher dedicada moveu um monarca.

c) Os que andam com Cristo poderão andar em segurança entre os homens.

3. Aprendendo com Deus

a) Deus tem parte em todos os acontecimentos da vida humana.

b) Deus se fez presente em todos os momentos da história de Israel e da igreja

c) O propósito de Deus com Ester foi evidenciado na ocasião certa.

d) José da prisão sai para ser governador do Egito, Davi de pastor de ovelha para rei em Israel

e) O plano de Deus hoje é que nenhuma alma se perca (2Pe 3.9;Jo 6.39)

CONCLUSÃO

Este livro começa com um banquete de Assuero, príncipe do mundo, e encerra com um banquete de Mordecai, príncipe de Deus. Por algum tempo Hamã é exaltado, mas no fim é Mordecai. Você pode estar vivendo um contexto de aflição mais o banquete de sua vitória acontecerá, pois o triunfo final é do povo de Deus.

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